26/11/2009 03:29
O Instituto Inovação, de Belo Horizonte, está transformando pesquisas universitárias em produtos para o mercado
Nos Estados Unidos, quando um grupo de alunos tem uma idéia inovadora com alguma chance de dar dinheiro, logo surgem investidores interessados em transformar o projeto em empresa. Foi assim que da Universidade de Stanford saíram fundadores de empresas como Google e Sun. No Brasil, as boas idéias geradas nas universidades têm mais probabilidade de ficar no fundo de uma gaveta do que ir para o mercado. Desde 2002, um grupo de sete empresários mineiros vem erguendo uma empresa que tem como meta ganhar dinheiro com a redução da distância entre as pranchetas de professores e alunos e o mercado. Com formação nas áreas de engenharia, economia e administração, além de experiência em projetos de incubadoras de empresas, eles investiram 70 000 reais para criar o Instituto Inovação -- uma empresa que caça nas universidades brasileiras tecnologias e produtos que possam se transformar em negócios. Neste ano, a empresa deve faturar 2 milhões de reais -- 66% mais que no ano passado.
Pode-se dizer que o modelo de negócios do Instituto Inovação junta duas atividades de outros dois tipos de caçadores de inovações -- os fundos de venture capital, que investem capital de risco em projetos que prometem altas taxas de retorno, e as incubadoras de tecnologia mantidas em diversas universidades brasileiras, que abrigam pequenas empresas em desenvolvimento. "Não queremos converter pesquisadores em empresários nem virar pesquisadores", diz o engenheiro Paulo Renato Cabral, de 35 anos, um dos criadores do Instituto Inovação. "Queremos fazer com que as oportunidades aconteçam."